A Universidade do Porto tem tido uma relação estreita com o Fado de Coimbra desde a fundação da Universidade do Porto, no início do século XX. Até aos dias de hoje, tem sido incessante a interacção de cultores deste género musical entre as universidades do Porto e de Coimbra. Algum do espólio musical do Fado de Coimbra tem as suas raízes no Porto, bem como alguns dos seus cultores.
Em meados do século, contudo, a manifestação mais premente do Fado de Coimbra no Porto residia no Orfeão Universitário do Porto, que entre os seus grupos etnográficos alinhava um grupo de fados de Coimbra.
Aquando do reaparecimento das tradições académicas no Porto e no resto do país, em meados dos anos oitenta, surgiram alguns grupos de fados na Academia. A prova do seu valor e perseverança reside na longevidade que estes grupos têm alcançado, alinhando já várias gerações com sucessos comprovados junto do grande público. Desde as primeiras Queimas das Fitas após o 25 de Abril, a Monumental Serenata é todos os anos encerrada pelo Grupo de Fados da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, perante uma assistência de milhares de pessoas.
Além das serenatas das Queimas das Fitas, existem anualmente outras ocasiões singulares onde participam os grupos de fados da universidade, para além das serenatas espontâneas. No início do ano lectivo, muitas são as instituições cujas comissões de praxe convidam um grupo de fados para realizar uma Serenata de Recepção ao Caloiro. Na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto costuma também realizar-se um Sarau Cultural pela mesma altura, reunindo todos os grupos académicos da casa num espectáculo dedicado aos novos alunos.